Prof. Adjunto UFRPE/UAG, E-mail: airon@uag.ufrpe.br
A palma forrageira das espécies (Opuntia-fícus indica Mill e Nopalea cochenillifera Salm Dyck) foi introduzida no Brasil com o objetivo de hospedar o inseto cochonilha (Dactylopius cocus) para produção de um corante vermelho conhecido pelo nome de Carmim. Não alcançando êxito, passou a ser cultivada como planta ornamental, quando um dia por acaso verificou-se que era forrageira, despertando o interesse dos criadores que passaram a cultivá-la com intensidade. De composição química variável segundo a espécie, idade, época do ano e tratos culturais. É um alimento rico nos nutrientes água, carboidratos, principalmente carboidratos não-fibrosos, e matéria mineral, no entanto, apresenta baixos teores de fibra em detergente neutro comparada com alimentos volumosos, além de apresentar alta digestibilidade da matéria seca. Aspectos estes que deverão ser levados em consideração quando da sua utilização na alimentação dos animais. Pois estes nutrientes poderão interferir no trato digestível, através da taxa de passagem, digestibilidade, fermentação, produtos finais, absorção e consequentemente no desempenho e saúde animal. Quando utilizada como volumoso exclusivo provoca distúrbios metabólicos, tais como, diarréia não patológica, baixa ruminação além de variação negativa do peso vivo dos animais. Quando associada a uma fonte de fibra efetiva, considerando a relação carboidratos fibrosos/carboidratos não-fibrosos, tem-se obtido bons resultados. Portanto, devendo a palma forrageira ser utilizada como um ingrediente da ração animal, a qual deverá ser balanceada junto com outros ingredientes pára atender a necessidade dos animais, sabendo que a mesma não possui fibra efetiva suficiente para manter o ambiente ruminal em estado ótimo.
Resumo de palestra proferida durante o 2º Congresso Brasileiro de Palma e outras Cactáceas
Resumo de palestra proferida durante o 2º Congresso Brasileiro de Palma e outras Cactáceas
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