A conservação de silagens envolve um complexo processo bioquímico e microbiológico, o material ensilado é conservado através de fermentações, passando por três fases principais.
Fase aeróbica
Envolve a morte dos tecidos das plantas e rápida exaustão do oxigênio, seguido pela proliferação de bactérias aeróbias. Durante essa fase, os carboidratos solúveis (CS) são convertidos em CO2 e H2O nas células das plantas e pelos microrganismos aeróbios com liberação de calor. Esse processo continua até que todo o O2 seja eliminado do meio.
Esta fase é ineficiente em perspectivas de conservação do material ensilado, porém, pode trazer alguns benefícios como: criar condições anaeróbicas; produzir compostos bioquímicos que aumentam a estabilidade da silagem durante o descarregamento do silo. As principais desvantagens de uma fase aeróbia prolongada são: excessiva perda de Matéria Seca (MS); temperaturas elevadas no interior do silo com aumento nos produtos de Maillard e queda na qualidade da silagem.
Fase de colonização (lag-phase)
É uma fase de curta duração (poucas horas) entre a fase aeróbia e a anaeróbia. Nesta fase tem inicio um rápido crescimento de microrganismos anaeróbios que promoverão intensa produção de ácidos orgânicos.
Fase anaeróbica (de fermentação)
É a fase mais longa no processo de ensilagem, continuando até que o pH da forragem seja suficientemente baixo para inibir o crescimento potencial de todos os microrganismos. Esses microrganismos fermentam hexoses (glicose e frutose) e pentoses (ribose e xilose), produzindo etanol, ácidos graxos voláteis (AGV), ácido lático e CO2.
Quanto mais rápida for a fermentação, com rápida acidificação da massa ensilada, melhor será a qualidade da silagem em função da redução nas perdas de matéria seca. O ácido lático é o mais forte, sendo o mais efetivo para o rápido declínio do pH e manutenção da estabilidade da silagem.
Fonte: Arquivo pessoal Silagem de milho |
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